sobretudo se, a meu ver (e, de ordinário, assim me parece), o praticam de má fé. Tomo então o firme propósito de nada mais escrever. Na manhã seguinte, surpreendo-me com a pena na mão...


III

Lembrando separadamente a prosa e a poesia contemporâneas, parece-lhe, no momento atual, no Brasil, atravessamos um período estacionário, há novas escolas (romance social, poesia de ação, etc.), ou há a luta entre antigas e modernas? Neste último caso, quais são elas? Quais os escritores contemporâneos que as representam? Qual a que julga destinada a predominar?

— Encarregado pelo Ministro da Instrução Pública e Belas Artes de redigir um relatório sobre o movimento poético francês, de 1867 a 1890, Catulle Mendés, depois de copiosa dissodação, assim concluiu:

"Após o esplendor dos gênios românticos, a que se juntaram as glórias parnasianas, surdiu acaso um poeta muito alto, muito vasto, muito pujante, dominador dos espíritos e dos corações, digno do universal triunfo? Não, infelizmente.

Não há motivo para desespero ante o número extraordinário de sonhadores singulares, prosadores originais, almas comovidas, artistas esquisitos ou violentos, de que se honram os últimos anos