não são originais. Não é preciso que seja muito sábio, porque, então, apenas saberia uma coisa, mas é preciso que saiba superficialmente, e bem nitidamente, grande multidão de coisas diferentes. Não é preciso que seja bom escritor, mas é preciso que apresente todas as qualidades médias do estilo, — clareza, precisão, vivacidade, movimento, — e as apresente em grau assaz elevado."

Sendo assim, tornar-se-á benéfico ou nocivo o jornalismo (e o do Brasil não difere do dos outros países) à arte literária?

No meu conceito, depende a solução do modo como se concebe a arte. Se arte é, como pretendem muitos, o conjunto de processos e meios de que o homem se serve para suscitar no coração de seu semelhante emoções e impressões, especialmente o sentimento do belo, não poucos jornalistas realizam o ideal artístico e não se mostram somenos aos artistas de outras categorias.

Será o exercício do jornalismo compatível com o de diversa manifestação da arte, com o de romancista, de historiador, de dramaturgo, por exemplo?

Penso que não. O jornalismo é exclusivista, é exaustivo.

À semelhança da constituição vigente não admite acumulações.

A prática honesta e sincera de qualquer arte