que mais tarde me fizeram uma reputação rasteira e manhosa com caricaturas em jornais ilustrados e citações nos retrospectos literários da terra.

Não que eu desame esses pobres versos que me brotaram d'alma como flores ao sol, mas porque não vejo neles esse toque que eu sonho como o brilho que deve irradiar da boa e sadia arte. Demais, a minha bagagem literária é curta, é curtíssima; venho de há três ou cinco anos apenas, na turbamulta de uma geração que ainda não se firmou e que ainda deve ser a promessa risonha dos artigos de crítica nos jornais.

I

Não creio que haja entusiasmo como desânimo entre os que escrevem no Brasil. O que há é indiferença. O ardor das velhas pugnas literárias é coisa que já não existe entre nós. A não ser o Sr. Medeiros e Albuquerque, que se diverte, às vezes, com a leviandade de certos escritores novos e que transforma as suas crônicas literárias em teatrinho Guignol, onde os desgraçados que lhe caem nas mãos dançam o velho desengonço do Pai João, nada mais se ouve ou se vê. Porque, em tirando o Sr. J. dos Santos, quando o poeta B. estréia com os Cantos