seigneur tout honneur, Ricardo Wagner, o mestre dos mestres, o colosso sobre-humano, o descobridor dos novos-mundos da Arte, o único a quem é imprescindível pedir licença quando se quiser dissentir de idéias.

De novo aí vulcanicamente, Severiano distribui louros aos escritores contemporâneos que mais admira. Começa assim:

— Está claro que não desprezo Hugo...

Cita Peladan, Huysmans, Lecomte, Verlaine, Mallarmé, D'Annunzio, Flaubert, Chateaubriand, Heredia, Petrarca, Poe, e termina agredindo os homens que fazem seletas de autores célebres.

— Esta exploração no terreno de Charles André pode tentar o Sr. João Ribeiro, a mim não me tenta.

Resta-me fazer uma pergunta — a da influência do jornalismo. Padre Severiano de Resende, jornalista, responde assim:

— O jornalismo no Brasil é para a arte bom e mau. No estado atual da nossa cultura, é o jornal que se lê mais, e não o livro. Quem quiser, pois, fazer alguma coisa pela arte — extensivamente considerada — há de ter um jornal em que escrever. Nem a revista nem o folheto preenchem a função do jornal, que é o que todos lêem. O poeta ou o prosador que quiser ver a sua obra passar de coisa escrita a coisa