moderna do meu país, julgo-me fartamente, sobejamente pago dos meus esforços e do meu trabalho.

Escrevendo sem ambicionar triunfos, procurando apenas enveredar pela trilha de uma literatura útil, quero dizer, de um exercício intelectual aplicado às necessidades sociais, tive a felicidade de receber a simpatia e o estímulo em proporção tal que jamais poderia imaginar. Atribuo essa generosidade ambiente à corrente de idéias que defendo e que julgo bastante espalhadas no Brasil, mesmo muito mais espalhadas do que geralmente se acredita. Quase não há dia em que a leitura ou a observação me deixe de trazer novos fatos e documentos em abono dessa verdade para mim inconcussa.

Este país é fadado a realizar o sonho do paraíso humano. Não digo que seja isto amanhã; mas digo que isso será, não porque me queira dar ares de profeta, mas porque observo em redor e vejo uma soma maravilhosa de esforços latentes que se fazem heroicamente nesse sentido. Há coisas que não vemos, porque não queremos olhar. O Sr. José Veríssimo disse uma vez que o cristianismo puro, o cristianismo sem padres nem dogmas, o cristianismo sublime à maneira de Tolstoi, não tem cabimento em nosso meio, é uma coisa que "ofende ao sentimento do real". Não é ele só que assim