e das que aqui vão compendiadas, a literatura dos Estados sofre outros males que a sufocam. Nessas deploráveis circunscrições geográficas não há governos, há feitores quase analfabetos, que exercem o seu domínio com fúria e sanha. Uma rede de extorsões, de violências, de peculatos descarados, de concussões voracíssimas, envolve todas as atividades, colhe os frutos de todos os esforços individuais, no proveito dos usufrutuários privilegiados.

Justamente os intelectuais são os que menos se sujeitam ao vexatório regime de descabelada opressão que aí se exerce sobre todas as autonomias; e, ou ficam privados de elementos vitais para exercer a sua função, ou fogem ao meio irrespirável. Por aqui já se vê: de uma parte, a melancolia que se derrama por essas regiões é incompatível com o subjetivismo das criações de arte; de outra, os cultores da literatura se retraem, ou buscam paragens onde o sentimento se possa expandir com uma certa liberdade.

E não é tudo: a instrução popular é, pouco mais ou menos, o que é na Rússia. Setenta e cinco ou oitenta por cento dos indivíduos são analfabetos. Os cargos do magistério são privativos dos filhotes políticos dos pequenos chefes locais. Distribuem-se os lugares de professores como os de escriturários de cartório. Um professor