e deficientes, mal os publico, constantemente torturado pelo desejo de produzir melhor, numa sede insaciável de perfeição nunca atingida, máxime quando os comparo com as obras de arte dos outros.

3º. Atualmente o Brasil literário atravessa um período de estagnação e as lutas se travam entre os consagrados, que procuram amesquinhar e depreciar os trabalhos dos novos, no justo receio de que lhes venham fazer sombra, e os novos, que aspiram ser velhos, medalhões, consagrados, demolindo reputações bem ou mal adquiridas.

Acredito, entretanto, que um vigoroso movimento, sério e consciente, se vai fazendo para dar à arte um cunho social e humano, que há de predominar, abandonados os requintes de perfeição manual e mecânica, tão em voga, bem caracterizados pela modelagem perfeita das estátuas das nossas praças, sem um sopro de inspiração artística na concepção, nem como símbolos, nem como verdade, pela falta absoluta de sinceridade, incapazes de provocar sensações fortes e duradouras e sentimentos elevados. Arte de filigrana — bela para ver e inteiramente inútil —; boa arrumação de palavras, paisagens sem figuras, figuras sem a iluminação do olhar.

4º. Julgo que não.

5º. O jornalismo estraga e esteriliza os escritores e artistas que fazem dele profissão. Para