educação revolucionária. Explico-vos este movimento, porque creio que influíram muito mais na minha vida do que os livros.

Também influíram na formação do meu espírito: Carlyle, com o seu Culto dos heróis; Emerson, com seus Homens representativos e seus ensaios, em que exalça a personalidade humana; Ruskin, com suas teorias estéticas; Ibsen, com seu industrialismo soberbo; Gener, com as suas sábias idéias indutivas; Gorki, com seu otimismo humano e ardente, e alguns outros. Os ensaios de Carlyle me fizeram pensar durante algum tempo. Refiro-me ao Culto dos heróis e ao Passado e presente, porque o Sartus Resartus, livro vazado no humorismo do formidável João Paulo, não pude até hoje digerir. Todos estes filósofos da vida ascendente, exaltando a individualidade, proclamando o advento de uma humanidade superior em força, em grandeza e em beleza, visto como o progresso existe e as espécies se transformam, afirmando que a vida é o prazer nobre e intenso e que o cristianismo, com seus valores decadentes, falsificou, deformou, corrompeu tudo quanto era terrestre e exaltava a vida, retardando assim por dois mil anos a marcha ascendente da planta humana para o super-homem, deixaram um sulco profundo na história da minha alma.

Foi, porém, o intelecto alemão o que influiu