que no Rio de Janeiro, e o que é inegável é que a qualidade de metrópole política assegurará por muito tempo ainda a hegemonia da Capital Federal na esfera literária. É verdade que muitos escritores residentes em vários Estados, onde há mais vida literária, procuram seguir os aspectos e o caráter dos respectivos Estados, dar uma cor particular aos mesmos desejos, aos mesmos ideais comuns a todo um povo, parecendo isto, sob o regime de federação, acusar veleidades de movimentos literários regionais.

Mas, nem S. Paulo, nem Pernambuco, nem Paraná, apresentam elementos capazes de delimitar-se da grande corrente central do Rio.

Não haverá talvez duas opiniões a respeito do último quesito: a imprensa diária, no Brasil, é o mais pernicioso dos fatores entre os que embaraçam presentemente o nosso progresso literário. Há males diretos e males indiretos que devem ser atribuídos ao jornal. Entre os primeiros: ele perverte o estilo, rebaixa a língua e relaxa a cultura. Entre os segundos: corrompe, divide, gera ódios na própria esfera intelectual, suscita o espírito de coterie e mata entre os mais capazes todos os estímulos."

De como se vê que só a idade e as desilusões podem fazer um homem justiceiro...