Pois é na persuasão de que não me saia pela frente algum carvoeiro malcriado e atrevido, que ouso divulgar a idéia de se porem em ação convergente os meios necessários à comunicação e congregação íntima dos variados elementos literários esparsos pelos diversos Estados do Brasil.

E é, indubitavelmente, a crítica literária brasileira que cabe tal mister. É a ela, com efeito, que cumpre, por meio da análise conscienciosa e justiceira dos trabalhos dos diferentes escritores nacionais, tornar destes conhecidas as obras de valor, pondo-os em contato espiritual, aguçando entre eles a curiosidade e o interesse pela procura e conhecimento dos trabalhos de mérito, afiando-lhes, por fim, a vontade de conchegar as relações literárias de mais em mais, cada vez com redobrado afinco e avidez.

Já que a nossa Academia do Letras não se interessa por essas cousas, tentemos consegui-lo por meio da análise crítica no livro e no jornal, pois impossível é quase a fundação de centros literários nos Estados, subordinados a um centro-diretor, que, na hipótese, poderia ser a própria Academia, se, acaso, cogitasse ela de semelhantes nonadas...

Entre os fins mais nobres, destinados à missão da crítica brasileira, está, pois, o de fazer conhecidos entre si os nossos escritores, acabando