arte mesma, de sua natureza fecunda, libérrima e dadivosa até a prodigalidade.

Os que pretendem que há no Brasil, hoje em dia, uma arte nacional, artes e artistas nacionais, ou ignoram as condições essenciais geradoras do fenômeno estético — ou conscientemente praticam uma fraude impudente, que repugna aos espíritos animosos, capazes de encarar a vida no que ela tem de austero e de elevado, e para quem a probidade mental constitui simplesmente um hábito de decência.

Mas a decadência é ainda uma das formas da vida. É também um desejo de primavera. Tal é a minha fé, o que eu considero o meu heroísmo na vulgaridade do presente. É a guirlanda radiosa e terrível que eu atiro ao futuro, por cima de cada berço, como uma promessa de vitória.

Eis o que julguei de meu dever declarar em resposta aos seus quesitos. Hoje, como ontem, eu proclamo a necessidade de uma reação implacável pela cultura física. É preciso que restauremos como fórmula irredutível o "mens sana in corpore sano"; ainda mais: é preciso que se lhe dê uma aplicação prática pela criação de medidas sanitárias rigorosíssimas (p. ex. o isolamento dos atacados de moléstias contagiosas; a proibição de casamento para os anêmicos, os tísicos, para os indivíduos achacados de moléstias crônicas, para os degenerados de toda espécie;