já foi e ainda o é. Falas também das literaturas à parte. Tivemos a Mina da Bahia, a Padaria do Ceará, temos os ocultistas decadentes do Paraná, mas tudo isso mais ou menos desaparece ou tende a desaparecer. A literatura centralizou-se no Rio. Os rapazes de talento abandonam a província pela capital, e quando lá estão são sempre reflexos daqui. Não existirá nunca a arte regional.

Mas aparece a Lúcia, a outra filha, uma beleza brasileira, morena, redondinha, acariciadora.

Filinto abandona a arte regional, a Mina, a Padaria, os decadentes, para cobri-la de beijos,

— Sabes como eu a chamo? Sinhá Midobi. Ai! A minha filha! E faz versos. Esta casa está perdida, fazem todos versos, são todos poetas, o menos poeta sou eu...

D. Júlia volta.

— Então o Albano?

— Bem, está direito. Sabe o Sr. que é muito difícil responder ao seu inquérito? Tem tanta cousa! Começa logo com uma pergunta complexa a respeito de formação literária. Tive duas criaturas que a fizeram, — meu pai e meu marido. Em solteira, meu pai dava-me livros portugueses, — o Camilo, o Júlio Diniz, Garrett, Herculano. Já publicara livros quando casei, e só depois de casada é que li, por conselho de meu marido, os modernos daquele tempo — Zola, Flaubert, Maupassant.