O reino de Kiato
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Satisfeita as exigencias, disse-me que, não havendo hotel, eu seria hospedado por conta da kiatisito e convidou-me a acompanhal-o. Perto da estação erguia-se um pequeno chalet rodeado de jardins, á porta do qual parámos. Convidou-me a entrar e disse-me estar eu em minha casa, as horas das tres refeições, e a hora de recolher-me para dormir. Dito isto, retirou-se.

— O mesmo povo original por toda a parte — disse commigo. Já na Estação, ao tomar o trem, estranhei a ausencia de bilheteria. A passagem seria paga no trem, si o passageiro entendesse de pagal-a.

O mesmo systema dos bondes. Ao apresentar-me a bolsa, disse-me o conductor que, si quzesse, daria uma esportula. Calculei os kilometros pela tabella das estradas inglezas e dei-lhe quantia equivalente. Instantes depois, voltou a mostrar-me as moedas, perguntando se não me enganara. Achara excessiva a esportula! Disse-lhe que não.

Passado o meu espanto, entrei para o interior do chalet. Que vivenda confortavel! Eram quatro os compartimentos para dormir, espaçosos, arejados, bem illuminados pelas janellas que se abriam para o jardim, Todos desoccupados e numerados.

Na pequena sala de visitas, uma mobilia de poucas peças e uma estante com livros, todos modernos, de autores kiatenses. Entre elles, um grosso volume, muito bem impresso, com finas gravuras — O kiatisito de Liserna. Lel-o-ia á noite.

Havia mais, sala de jantar, banheiro e latrina, esta tão perfeita como as da capital.

— Não sei se você já observou, King Paterson, que