— Pode acreditar, D. Alina.

— Mas o que você ganha com isso, D. Luíza? Afligir-se à toa por qualquer cousinha de nada. Se Adélia voltasse agora e lhe dissesse — “mamãe, eu comi uma fruta quente!” Ai! minha filha vai adoecer! E no fim de contas não passava do susto.

— Mais assustada fico eu, não sabendo o que ela faz.

— Eu penso como a baronesa. O meu Lúcio tem bastante juízo; e entretanto eu não estou a cada momento a ralhar com ele e a atormentá-lo.

— Nem eu com Adélia!...

A discussão prometia prolongar-se. O assunto não podia ser mais vasto e importante. O verdadeiro sistema de educação é um problema muito estudado, mas ainda não resolvido de uma maneira satisfatória.

D. Luíza e a baronesa sustentavam cada uma a opinião mais conforme com sua índole; não indagavam se essa opinião era a melhor para formar o coração e espírito da filha; bastava que fosse a mais cômoda e agradável à mãe.

D. Luíza, espírito curioso, natureza vivaz, que