Muito custou-lhe persuadir a Mário. A seus rogos o menino respondia:

— Não tenho nada que fazer lá! O sr. barão pode guardar seus agradecimentos, que eu passarei muito bem sem eles. Se cuida que lhe prestei algum serviço, está enganado. Quis mostrar-lhe que um pobrezinho, às vezes, vale mais do que os ricos barões.

D. Francisca amava cegamente o filho, e por isso em vez de o governar, era por ele governada. Ante a resistência que Mário opunha ao seu desejo, não se animou a formular uma ordem; esgotados os rogos, socorreu-se ao argumento supremo, que aplicado a propósito, dobrava a tenacidade do menino.

— Meu filho, lembra-te da recomendação que teu pai deixou em seu testamento. Deves obedecer ao barão como a ele.

Mário mordeu os beiços e acompanhou sua mãe à Casa Grande; mas cedendo embora, ele não podia esconder sua contrariedade. Já não era somente a curiosidade importuna que o afastava, mas também a moléstia de Alice. Incomodava-o a ideia de envolver-se na solicitude afetuosa, que devia inspirar à família e aos amigos o sofrimento