— Qui-qui-qui! Pomada de jaca!... Qui-qui!... Para alisar o pixaim.

Adélia e a colega de Eufrosina, a mucama cortesã, riam-se conforme a moda, com esses ritornelos, que tornam a gargalhada da gente do tom uma espécie de peça musical, uma cavatina ou valsa. Elas tinham imitado essa prenda de D. Luíza, a mãe de Adélia.

Diante da fuzilaria de risadas, a Eufrosina bateu em retirada.

— Desaforo! Vou fazer queixa a Sinhá! Eu sou sua mucama dela, sua mucama de estimação; não é para ser tratada assim. Se não presto mais, então me vendam!... Depois é que hão de ver! Ai, a Eufrosina, aquilo sim, era uma boa rapariga! Coitada! Aonde andará ela?... Ora bem descansada de minha vida! Senhor bom é o que não falta!

Assim resmungando lá se foi a parda, tangida pelas risadas das meninas e pelos assobios estridentes de Mário, com quem o pajem Martinho fazia duo, embora sentisse já de antemão lhe arderem as orelhas, com os arrepelões que a mãe não lhe deixaria de aplicar, a pedido da mucama.