— Alto frente! Apresentar armas! gritou Mário.

O Martinho, fino na manobra, transformou-se imediatamente de tambor em soldado de fileira. Levantou verticalmente o braço esquerdo como se fosse cano da espingarda, e estendeu a mão direita na altura da suposta coronha.

— Tarara-ram! Tarara-ram! Tarara-ram, tram!...

E ei-los a tocar o hino nacional com acompanhamento de zabumba e trombone.

O importante personagem, honrado com essa continência militar, era um preto, que assomara à porta da cabana de palha, trazido naturalmente pelo rufo da caixa e pelo gazeio dos meninos.

Quando ele viu quem se aproximava, voltou-se e disse para dentro:

— Olha, mãe; é nhanhã que vem visitar a você!

— Bendito sejas, meu Menino Jesus! respondeu uma voz doce e arrastada.

Entretanto prosseguia a continência:

— Viva papai Benedito! gritou Mário.

— Viva!... berrou o Martinho dando no ar uma cambalhota.