verdes, os olhos celestes, e um sorriso que enchia a alma de contentamento; um sorriso que dava à menina vontade de comê-lo de beijos.
Alice viu a moça acenar-lhe docemente com a fronte, como se a chamasse. A princípio não quis acreditar; tomou por uma ilusão, mas tantas vezes o movimento se repetiu, tantas vezes a moça lhe acenou graciosamente com a cabeça, que não pôde mais duvidar.
A mãe-d’água a chamava; e ela teve desejos de atirar-se em seus braços. Mas a fada estava no fundo do lago; sua mãe podia chorar; as outras pessoas sabendo ficariam com medo. Ela não, não tinha medo. A moça lhe sorria com tanta doçura e bondade!...
Em vez de querer-lhe mal, havia de fazer-lhe tantos carinhos, contar-lhe cousas muito bonitas do reino das fadas e dar-lhe talvez algum condão, que a protegesse, que obrigasse Mário a lhe querer bem e a não ser mau para ela.
Nesse momento chegou-lhe trazido pela brisa o eco das vozes que a chamavam. Pareceu-lhe que a puxavam docemente e iam arrancá-la ao encanto daquela