e terminando com uma enorme palangana de chocolate. A quantidade de sólidos e líquidos que entraram na confecção desse almoço jiboico ou titânico, não direi, porque é uma cousa inverossímil, apesar de sucedida. Há verdades assim, condenadas por sua natureza a passarem por mentiras. O Sr. Domingos Pais, homem sisudo se já o houve, tinha esse caiporismo: ninguém o tomava a sério; nem mesmo o Martinho.

Ao erguer-se da mesa, enquanto se tiravam os pratos, o compadre devorou uma salva de cavacos e biscoutos – para enxugar o estômago, dizia ele.

As pessoas da casa e os convidados entregaram-se conforme seu gosto às diferentes distrações e passatempos; uns saíram a passeio; outros jogavam a bagatela ou o víspora; a baronesa travou-se com o Sr. Domingos Pais no gamão, a mil réis a ganga, pagos pelo barão, que no fim de contas era o caixa de ambos.

— Senas para começar, Senhor Domingos Pais, não viu? disse a baronesa cobrindo os dados.

— Não vi, mas é o mesmo. V. Ex.a o diz!

— Nada; assim não quero; jogo outra vez.