na fisionomia do mancebo, enquanto ele falava de sua infância, deixara inadvertidamente resvalar entre os dedos a rosa com que antes brincava. Despertada pelo novo gracejo, respondeu com um sorriso:

— Então sempre caiu na tentação?

— Como resistir, se estou preso por este condão? Veja!

E Mário mostrou na gola do fraque, presa à casa do botão, a rosa que ele havia rapidamente apanhado do chão aos pés da moça.

Um som indefinível, como de um soluço ou gemido sufocado, escapou-se dos lábios de Alice, envolto em um riso angustiado. A menina sentira trincar-lhe o coração o dente de um áspide, ao ouvir as últimas palavras de Mário; com a vista escura pela vertigem, foi obrigada a segurar-se ao ramo de um arbusto para não cair.

Antes que os outros se apercebessem de seu abalo, a menina fazendo um esforço, recuperou, não a calma, mas a resignação.

— Fica, Adélia? perguntou à amiga com um timbre doce, mas triste.

— Não; vamos todos.