contra a luz que o cingia! Ser o espírito do mal para aqueles a quem se ama!...

— Porém, Mário!...

— Não, Alice; esqueça o que ouviu!

E o moço afastou-se precipitadamente, com receio de ceder à emoção que dele se apoderava, e à maga influência do olhar terno e melancólico de Alice.

Havia momentos em que ele se considerava presa de uma cruel alucinação, e comparava o seu procedimento com a perversa malignidade de um louco, deleitando-se em afligir uma criatura inocente, cujo crime único era a muita afeição e desvelo que por ele tivesse! Nestas ocasiões, Mário fugia da menina; não só por certo pejo, como pelo temor de cair-lhe aos pés e pedir-lhe perdão.

Na manhã em que teve lugar o incidente referido, Mário pretextou um incômodo para ficar no seu aposento. Queria evitar por essa forma um segundo encontro, no qual ele bem sentia que lhe faltaria a coragem para resistir às queixas da menina.

Vendo Mário fugir dela, comovido e precipitado,