solidão. Como ficava orgulhosa, quando vinha notícia dos progressos que você fazia nos estudos! Então achava um prazer extraordinário em descrever o que seu querido Mário havia de ser; e não se enganava!...

— Ela lhe chamava sua filha, Alice? disse Mário repetindo como um eco as primeiras palavras da moça. Pobre mãe!

E o moço fitou os olhos na penumbra do aposento, como se ali vira surgir a imagem daquela que nesse momento ele evocava do fundo do coração.

— Nos últimos tempos, continuou Alice trêmula e com a voz balba, nos últimos tempos, Mário, quando ela pressentia-se que não havia de o ver mais neste mundo, quantas vezes não dizia abraçando-me: — Eu morreria feliz, e iria contente encontrar no céu meu marido, se tivesse a certeza de uma cousa. E como eu lhe perguntava...

— Acabe, Alice, instou Mário comovido pelo tremor que embargara a voz da menina.

— Ela me respondia: “É um segredo” e mo dizia baixinho ao ouvido. Coitada! Depois arrependia-se tanto, vendo que me afligia essa ideia de que ela