da Casa Grande, era para dar expansão ao sarcasmo, e ostentar frio desdém pela filha do barão.

Parecia que ele achava esquisito prazer em provocar da parte da menina os sinais da afeição mais delicada, para responder com as provas de um desprezo esmagador.

Felizmente para Alice, os hóspedes começaram a retirar-se. Restituída ao sossego da família, mas não à placidez de sua vida de outros tempos, a menina sentia-se mais forte contra a desventura e queria habituar-se a ela; ver Mário, ou quando o não visse, tê-lo perto de si, era uma consolação.

Não escapavam ao barão as vicissitudes por que passara a alma da filha na última semana. Ele rastreava em seu rosto com ardente solicitude o traço das lágrimas que fanava-lhe o brilho dos olhos azuis, e a palidez que a vigília deixava impressa nas faces tão frescas sempre e tão rosadas.

Talvez por isso o barão esperava com impaciência que os hóspedes se retirassem. Nos anos anteriores era ele quem instava para ficarem o mais tempo possível; naquela ocasião porém a companhia o incomodava; e cada dia de demora trazia-lhe uma contrariedade.