da pobreza orgulhosa que supunha ser o obstáculo sério ao projeto. Representou o casamento de Alice não como um favor ou benefício para Mário, mas ao contrário como um sacrifício que fazia à felicidade da inocente menina, e ao sossego dos pais. Invocou a amizade de José Figueira, como título para merecer do filho tão grande serviço, e ao mesmo tempo como testemunho da obrigação em que estava, ele barão, de confundir em uma as duas famílias.

Foi eloquente e sublime; falava pelo coração, e com o vocábulo das paixões nobres e generosas; com a abnegação, o amor paterno, a amizade; e talvez mais algum sentimento oculto, e igualmente poderoso.

Mário não o interrompera; mudo e imóvel escutara.

— Sr. barão, esse casamento é impossível.

— Por que, Mário?

— É impossível, sr. barão; e eu lhe peço, não me pergunte por que.

O olhar límpido de Mário traspassou alma do barão, que afastou-se pálido. O mancebo cortejou e saiu.