— Que é isto, Mário! Você vai deixar-nos?

— Assim é preciso, respondeu o mancebo com o tom grave de uma resolução fatal.

— Mas por que, meu Deus?

— Depois do que houve, minha presença aqui seria um martírio para nós ambos; e um desgosto, se não fosse uma humilhação, para seu pai.

— Meu pai desejava esse casamento; era seu sonho. Mas desde que não lhe agrada, ninguém mais lhe falará nisso. Não me importa ficar solteira toda minha vida!

— Que tenho eu sido no seio de sua família e de sua existência, Alice? Um germe de contrariedades e desgostos. Quando criança, as lágrimas que derramou, fui eu que as arranquei; quando moça, foi a minha chegada que veio perturbar a alegria de sua feliz primavera. Minha alma é como um desses lagos sinistros, que envenenam com seus miasmas; desgraçado de quem os respira! Quando eu estiver longe, e me esquecerem de todo nesta casa, a calma e o sossego voltarão a ela. Há de ser feliz, Alice, e todos os seus!

— A felicidade que eu pedia a Deus, ele não me julgou digna de a possuir. Restava-me uma,