Apenas conseguiu vencer a emoção, o primeiro cuidado do barão foi ler a carta de Mário, que ainda conservava intacta. O que ali estava escrito, ele o adivinhava, ou pelo menos pressentia. Eis o teor da carta:
Il.mo Ex.mo Sr. Barão da Espera
Minha resolução não o deve surpreender; foi V. Ex.a quem a ditou.
Colocando-me na posição de rejeitar seu último benefício, obrigou-me V. Ex.a a romper o vínculo que me prendia ao benfeitor e restituiu-me a liberdade.
Retiro-me pois de sua casa.
Não o devia fazer, sem pagar a dívida de minha subsistência e educação; mas sabe V. Ex.a, e ninguém melhor, qual a herança que me tocou.
De V. Ex.a
Atento venerador e criado
Mário Figueira
13 de Janeiro de 1857.