o compadre enfunou-se, batendo os braços à guisa de asas. Para ele era ponto de honra exceder no arrufo ao galo do presépio, assim como no grito ao galo do poleiro, ainda que arrebentasse. Os heróis devem morrer sobre os louros.

Chegou o momento das promessas.

Cada pessoa que tinha feito um voto, vinha por sua vez entregar a oferenda e fazer a devota oração. Os objetos, se eram do uso da capela, como círios, roquetes e toalhas, eram guardados para as ocasiões solenes; se constavam de milagres de cera ou registros, ficavam suspensos nas paredes da capela aos lados do altar.

— Nhanhã! Nhanhã!... dizia a Eufrosina que há tempos se conservava atrás de Alice com uma salva coberta de toalha de linho.

A moça, voltando-se, fez à impaciente mucama um gesto de espera e continuou a assistir à cena curiosa que se representava então na capela. Os pretos da fazenda, uniformizados de calça e camisa de riscado azul com cinta de lã encarnada, passavam a um e um pela frente do presépio, ajoelhando para fazer breve oração, e cantando na sua meia língua um louvor a Nossa Senhora. Nessa ocasião,