com um tom que procurava simular indiferença:
— Pois eu vou ao pomar.
— Então até logo.
E passaram um pelo outro, mas lentamente.
— Não tem medo do sol, Alice? disse Mário voltando-se.
— Não. E você já perdeu o que tinha dos discursos?
—Ainda não, respondeu Mário retrocedendo; e agora justamente que é a hora da preamar daquela maré de eloquência.
— Antes o sol, hem?
— É verdade; vou ver a roça.
Alice outra vez sentira o mesmo acanhamento; mas seu gênio, e também seu coração, reagiram.
— Venha comigo, Mário.
— Não; sua mãe não gostará.
— Papai não disse no dia em que você chegou que nós somos os mesmos doutro tempo, duas crianças como há sete anos?
— Então não devo oferecer-lhe o braço? perguntou Mário fazendo o gesto.
— Não; como meninos, é que tem graça!
E Alice cerrando os folhos da saia do vestido,