18 | Uraguay |
Cruzadas de canoas[1]. Taes podemos
Co’ a miſtura das luzes, e das ſombras
Ver por meio de hum vidro tranſplantados
Ao ſeio de Adria os nobres edificios,
E os jardins, que produz outro elemento.
E batidas do remo, e navegaveis
As ruas da maritima Veneza.
Duas vezes a Lua prateada
Curvou no Ceo ſereno os alvos cornos,
E inda continuava a groſſa enchente.
Tudo nos falta no país deſerto.
Tardar devia[2] o eſpanhol ſocorro.
E de ſi nos lançava o rio, e o tempo.
Cedí, e retirei-me ás noſſas terras.
E
- ↑ Canoas. Pequenas embarcações dos Indios feitas de um ſó tronco: nellas vinhão occultamente fazer commercio com os Portuguezes, e Heſpanhoes.
- ↑ Tardar devia. Post bellum auxilium.