Uraguay 61


Entre deſpedaçados edifícios,

Com o ſolto cabelo deſcompoſto,
Tropeçando em ruínas encoſtar-ſe.
Deſamparada dos habitadores
A Rainha do Tejo, e ſolitária,
No meio de ſepulcros procurava
Com ſeus olhos ſocorro; e com ſeus olhos
Só deſcobria de um e de outro lado
Pendentes muros e inclinadas torres.
Vê mais o Luſo Atlante, que forceja
Por ſuſtentar o peſo deſmedido
Nos roxos ombros. Mas do céu ſereno
Em branca nuvem Próvida Donzela
Rapidamente deſce e lhe apreſenta,
De ſua mão, Eſpírito Conſtante,
Gênio de Alcides, que de negros monſtros
Deſpeja o mundo e enxuga o pranto à pátria.

Tem por deſpojos cabeludas peles