melhor o vosso dever para com os escravos, para com os senhores – os quais têm pelo menos direito à vossa indulgência pelas relações que o próprio Abolicionismo, de uma forma ou outra, pela hereditariedade nacional comum, tem com a escravidão – e finalmente para com a nação toda, se em vez de propordes medidas legislativas que irritam os senhores e que não serão adotadas, esses não querendo; em vez de quererdes proteger os escravos pela justiça pública e arrancá-los do poder dos seus donos, começásseis por verificar até onde e de que forma estes, pelo menos na sua porção sensata e politicamente falando pensante, estão dispostos a concorrer para a obra que hoje é confessadamente nacional – da emancipação? Não seríeis mais políticos, oportunistas e práticos e, portanto, muito mais úteis aos próprios escravos se, em vez de vos inutilizardes como propagandistas e agitadores, correndo o risco de despertar, o que não quereis por certo, entre escravos e senhores, entre senhores e abolicionistas, sentimentos contrários à harmonia das diversas classes – que mesmo na escravidão é um dos títulos de honra do nosso país – vos associásseis, como brasileiros, à obra pacífica da liquidação desse regime?”
Cada uma dessas observações, e muitas outras semelhantes, eu as discuti seriamente comigo mesmo, antes de queimar os meus navios, e cheguei de boa-fé e contra mim próprio à convicção de que deixar à escravidão o prazo de vida que ela tem pela Lei de 28 de setembro seria abandonar o Brasil todo à contingência