baldadas. Por isso com sobeja razão exultava.
Uma palidez mortal cobrira o rosto de Dulce ao ouvir as palavras da sua mãe adoptiva, que lançara para ela o olhar que o algoz noviço volve para a sua vítima antes de desfechar o golpe. A rainha sentiu-lhe palpitar o terror na mão que tinha apertada na sua.
— Oh, senhora! - murmurou a donzela, alevantando os olhos para a rainha, com uma inflexão de voz tão meiga, tão tímida e tão dolorosa, que a bela infanta sentiu apertar-se-lhe o coração.
— Vamos, formosa Dulce - interrompeu Fernando Peres, que leu no gesto de D. Teresa o vacilar da sua alma -, sê connosco sincera. São mal cabidas aqui palavras fingidas de desamor. Certo que tu suspiravas pelo momento em que pudesses chamar teu um dos mais gentis e esforçados cavaleiros de Espanha. Esse momento chegou...
— Mas... senhor conde! - interrompeu balbuciando o alferes-mor.
— Basta, Garcia Bermudes - prosseguiu o conde, carregando o sobrolho. - És meu amigo, e a mui excelente rainha oferece-te para mulher a sua filha adoptiva, a herdeira do nome dos Bravais. Não é digna de ti? Não