Fundavam-se os que seguiam esta opinião em que nem nas leis civis de Portugal, Coimbra e Galiza (o livro dos juízes), nem nos degredos do padre santo, nem nos costumes tradicionais dos filhos dos bem-nascidos, ou fidalgos de Portugal, havia vestígios ou memória deste ofício palatino. Venceu, porém, o progresso: os bispos e uma grande parte dos senhores, que eram franceses, defenderam as instituições pátrias, e a alegre truanice daquela nação triunfou, enfim, da triste gravidade portuguesa na corte de D. Henrique, bem como o breviário galo-romano triunfara poucos anos antes do breviário gótico perante D. Afonso VI.
Foi então que Dom Bibas se viu elevado, sem protecções nem empenhos, a uma situação, a que nos seus mais ambiciosos e agradáveis sonhos de felicidade nunca tinha imaginado trepar. O próprio mérito e glória lhe puseram nas mãos a palheta do seu antecessor, a gorra asinauricular, o gibão de mil cores e o saio orlado de guizos. De um para o outro dia o homem ilustre pôde olhar senhoril e estender a mão protectora para aqueles mesmos que na véspera o apupavam. Diga-se, porém, a verdade em honra de Dom Bibas: até o tempo em que sucederam os acontecimentos