passára por Afogados o capitão-mór momentos depois do dobrado delicto.
O commercio illicito do taberneiro, a sua má fama, as suas estreitas ligações com sujeitos mal vistos de todos, principalmente com o Cabelleira, deram-lhe a convicção de que qualquer diligencia, que tivesse por fim a prisão dos delinquentes, não poderia sortir effeito si não fosse precedida da prisão do taberneiro.
Duas praças de sua confiança foram por elle encarregadas de levarem o velho a sua presença sem que se soubesse para onde nem como elle fôra. Alexandre, o negro, e Valentim, o cabra que vimos ceiando com Thimoteo e que por sobremesa o prenderam foram as taes praças; e á vista do modo como se houveram, cabalmente justificaram a confiança do capitão-mór.
Ia amanhecendo quando os tres cavalleiros se apearam na porta deste.
As casas do povoado estavam ainda fechadas, e ninguem os viu entrar; o capitão-mór que levara a noite em claro, á espera dos seus commissarios, foi abrir-lhes a porta em pessoa.
Thimoteo posto em confissão, negou tudo ao principio, sahindo-se, com varias evasivas, das rêdes que lhe lançava o capitão-mór, perito em interrogar.