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vi o Cabelleira, que até lhe tomei o cavallo que elle me havia furtado, o meu alazão.

— Pois então, póde montar no seu alazão e voltar á casa. Dê lembranças á comadre Maria e lance a benção a meu afilhado Cazuza. Si encontrar outra vez o Cabelleira, dê-lhe um abraço por mim, um beliscão e uma boquinha.

— Eu, si tivesse ainda o meu alazão, juro-lhe que havia de desencavar o Cabelleira, ou com a vida ou com a morte.

— E que fim levou o seu quartáu?

— Espaduou de muito andar. Parece que desde a hora em que o maldito demo o tirou do meu quintal não soube mais o que era comer nem beber, e andou n’um cortado.

— Si vossê quer servir-se do meu cavallo castanho, elle nos está alli ouvindo. Desta vez estou fallando serio.

— Onde está elle?

— No sitio do Felisberto, aonde o mandei com um costal de mandioca.

— Pois aceito, meu compadre, a sua proposta. Hei de mostrar-lhe que o que digo, digo. Si eu não descobrir neste matão, ou por estas beiradas de rio o Cabelleira, hei de saber noticias delle seja onde fôr. Tambem de uma cousa tenha vossê certeza: quando ouvir sua mulher dizer: — « Ahi vem o compadre Marcolino no cavallo castanho » fique logo sabendo