annos de idade, pedia por tudo quanto ha sagrado, a uma das sentinellas do palacio permissão para fallar ao governador.
Joanna havia chegado de Santo-Antão no dia anterior, e de noite soubera que o filho e o marido tinham sido condemnados á morte. Não lhe permittiram ver os entes que pertenciam mais a ella, representante do coração por dobrado direito, do que á justiça que nesse momento exprimia uma vontade poderosa e apaixonada.
Pela manhã Joanna corrêra ao palacio para cahir aos pés de José Cesar, e rogar-lhe que lhe deixasse ver o filho. A sentinella, em resposta, perguntára-lhe simplesmente:
— Quem é vossê para fallar ao sr. governador?
— Sou a mãi do Cabelleira. Será possivel que meu filho morra sem que eu o tenha visto antes?
— Ponha-se no Largo-das-cinco-pontas, que o verá subir á forca á volta de uma hora da tarde.
— Meu filho! gritára ella em soluços. Pois hei de ver meu filho morrer na forca!
Joanna cahira com a face sobre a lage do pavimento, carpindo como louca a sua desventura.
Tendo ouvido os ais, lamentos, exclamações