ao seu parcial Teodósio, que aliás, deram, como aquele, mostras de grande contrição, e arrependimento de seus delitos, segundo escreve Gama.
De uma carta que na entrada de março último recebi de meu amigo Francisco P. do Amaral, cuja sisudez é conhecida em Pernambuco, onde ele exercita o lugar de oficial arquivista da assembléia provincial, traslado para mais esclarecimento os trechos que seguem:
"José Teodósio só pode ser comparado, por sua malvadez, com Pedro espanhol, célebre assassino dessa corte. Cometeu muitos roubos e assassinatos no Recife e nos arrablades".
"Cabeleira foi preso no canavial do Engenho Novo de Pau-d'Alho, pelo capitão-mor, Cristóvão de Holanda Cavalcantí. O dito engenho pertencia naquele tempo a Goiana".
"Cabeleira era natural de Glória de Goitá, que fazia parte de Santo Antão".
"Tocava viola com muito gosto, e a esta circunstância ia devendo ser solto, a pedido da mulher do capitão-mor, a qual, tendo ouvido o preso tocar, ficara com pena dele. Esta pena aumentou quando o Cabeleira lhe rogou com voz cândida, segundo me diz o meu informante, pessoa acima de toda exceção, e ainda parente daquele capitão-mor, que mandasse afrouxar-lhe as cordas. Foi atendida a súplica, e então aproveitou-se ele da ocasião para mostrar a sua grande habilidade de tocar o Instrumento".
"Foi enforcado em Cinco Pontas, precedendo na mesma ocasião o filho ao pai".
"Contam que dirigiu algumas palavras ao público".
"Chamava-se José Gomes."
Não é de data moderna o sentimento pernambucano em desabono dos padres jesuítas que ainda ultimamente foram mandados sair de