sino é respeitado e temido? Queres que não haja quem faça caso de teu filho?
— Mas eu não quero que meu coelhinho morra, papai.
— Que estás tu a dizer, mal ensinado?
O menino quiz chorar, com o que se mostrou escandalizado por extremo o tyranno da familia, que, para o fazer chorar com mais gosto, segundo disse, lhe deu tres ou quatro sipoadas fortes, depois das quaes José mal se pôde ter em pé. Joanna, não podendo ver o filho apanhar sem razão, partiu para Joaquim, a fim de lhe tirar das mãos o pequeno, mas Joaquim repelliu-a com tanta força, que a fez cahir por terra; e voltando-se immediatamente para José, perguntou-lhe com gesto e voz de aterrar:
— Então, mata-se ou não se mata o coelho, José?
— Mata-se, papai, — respondeu o pequeno com as faces banhadas de lagrimas ainda.
— Não quero que chores. Quem é homem não chora; quem é homem faz chorar.
E dando o andar para a casa, com o filho pela mão:
— Vás vêr agora de que modo morre o coelho, — disse com expressão que se não póde descrever.
— Meu Deus, meu Deus! Que desgraça esta,