CAPITULO I

O DESASTRE


ACHAVA-ME um dia defronte aos guichets do London Bank, á espera de que o pagador gritasse a minha chapa, quando vi, a cochilar num banco ao fundo, certo corretor de negocios, meu conhecido. Fui-me a elle, alegre da opportunidade de illudir o fastio da espera com uns dedos de prosa amiga.

— Esperando sua horinha, hein? disse-lhe, com um tapa amigavel no hombro, emquanto me sentava ao seu lado.

— E' verdade. Espero pacientemente que me cantem o numero, e emquanto espero philosopho sobre os males que traz á vida a deshonestidade dos homens.

— ?

— Sim, porque si não fosse a deshonestidade dos homens tudo se simplificaria grandemente. Esta demora no pagamento do mais simples cheque, donde provem ella? Da