CAPITULO II

A MINHA AURORA


PELA primeira vez, depois de recolhido áquella mansão, punha eu o nariz fóra do meu quarto de doente.

Senti-me surprezo, A casa do professor Benson não era ao typo da casa vulgar. Dava antes idéa de uma especie de castello, não pelo estylo, que não lembrava nenhum dos castellos classicos que eu vira reproduzidos em cartões postaes, mas pela massa e pelo estranho da construcção. Olhei para aquillo com marcado espanto. Alem do corpo fronteiro, evidentemente moradia familiar, erguiam-se pavilhões extensos, galerias envidraçadas, torreões e varios minaretes altissimos, ou, melhor, torres de ferro enxadrezado, entretecidas de fios de arame.

— Que diabo de casa é esta? perguntei ao criado, voltando-me para elle.