— Aqui tem o meu amigo o nervo optico do futuro. Chamo a este conjuncto o grande collector da onda Z.
Eu andava de novidade em novidade e, por mais alerta que puzesse o cerebro, tinha de fazer paradas constantes, pedindo ao professor explicações parciaes.
— Onda Z, professor Benson? Inda não me falou nella.
— Só agora chegou o momento. A multiplicidade infinita das fórmas, isto é, das vibrações do ether, produz turbilhões, ou ondas, que consegui classificar uma por uma e captar por meio deste conjuncto receptor, que as polariza...
— ? !...
— Polarizar é reunir tudo num só ponto, num polo.
— Comprehendo.
— Este conjuncto receptor polariza os turbilhões e os funde numa especie de corrente continua, ou, usando de imagem concreta, de um jacto. Supponha milhões de gottas de chuva a cahirem num immenso funil e a sahirem pelo bico sob forma continua de um jorro crystallino. Todas as gottas estão no jacto, mas fundidas e sob outra fórma. Assim o meu collector. Apanha o turbilhão das ondas e as polariza naquelle apparelho.
Olhei para o apparelho que o dedo do professor apontava e apenas vi um emmara-