cheio de solicitude, descobrindo-se desde logo e convidando-os com empenho a que tomassem alguma coisa.
Entraram todos na confeitaria e apoderaram-se da primeira mesa que se esvaziou. Um criado acudiu logo e João Romão, depois de consultar Dona Estela, pediu sanduíches, doces e moscatel de Setúbal. Mas Zulmira reclamou sorvete e licor. E só esta falava; os outros estavam ainda à procura de um assunto para a conversa; afinal o Miranda que, durante esse tempo contemplava o teto e as paredes, fez algumas considerações sobre as reformas e novos adornos do salão da confeitaria. Dona Estela dirigiu, de má, a João Romão várias perguntas sobre a companhia lírica, o que confundiu por tal modo ao pobre do homem, que o pôs vermelho e o desnorteou de todo. Felizmente, nesse instante chegava o Botelho e trazia uma noticia: a morte de um sargento no quartel; questão entre inferior e superior. O sargento, insultado por um oficial do seu batalhão, levantara a mão contra ele, e o oficial então arrancara da espada e atravessara-o de lado a lado. Estava direito! Ah! ele era rigoroso em pontos de disciplina militar! Um sargento levantara a mão para um oficial superior!... devia ficar estendido ali mesmo, que dúvida!
E faiscavam-lhe os olhos no seu inveterado entusiasmo por tudo que cheirasse a farda. Vieram logo as anedotas análogas; o Miranda contou um fato idêntico que se dera vinte anos atrás e Botelho citou uma enfiada deles interminável.
Quando se levantaram, João Romão deu o braço a Zulmira