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recebe o appellido da mulher. Está-se agora percebendo como para O-Hichi e Kichisa o problema se complicava em demazia, por serem ambos filhos unicos. Um meio só se apresentava, o de uma dos familias adoptar um filho estranho, sobre quem recahissem os encargos de umo supposta primogenitude. Mas o alvitre en quasi imprticavel, por aquelles tempos feudaes que iam correndo, dependendo da sancção suprema do daimyô, que a negaria, por ser o caso novo; sem já contar com o orgulho revoltado dos paes da noiva, ou dos paes do noivo, da familia emfim que, para evitar de ser extincta, tivesse de investir um filho alheio nos deveres que competem ao legitimo.

É certo que as duas familias se oppozeram com toda a vehemencia a taes amores, e a casa se transformou para O-Hichi em duro encerro e a estima dos seus em agressões continuas. Foi então que a pobre musumé, captiva n'uma alcova, desesperada, louca de amores, meditou em pôr fogo ao seu lar de tormentos, na crença de que as chammas lhe trariam a liberdade e o ensejo de reunir-se áquelle a quem votara todo o seu affecto. Errou porem nos calculos, como succede tantas vezes quando se tem quinze annos e o pensamento voêja no mundo das chimeras: descoberto o seu crime apenas posto em pratica, foi trazida á justiça da