ALFREDO – A minha!...
EDUARDO – Sim. Quanto à resposta, é a mim que compete dá-la. É o direito de um irmão, não o contestará, decerto.
ALFREDO – Pode fazer o que entender. (Ergue-se.)
EDUARDO – Queira sentar-se, senhor, creio que falo a um homem de honra, que não deve envergonhar-se dos seus atos.
ALFREDO – Eu o escuto!
EDUARDO – Não pense que vou dirigir-lhe exprobrações. Todo o homem tem o direito de amar uma mulher; o amor é uni sentimento natural e espontâneo, por isso não estranho, ao contrário, estimo, que minha irmã inspirasse uma afeição a uma pessoa cujo caráter aprecio.
ALFREDO – Então não sei para que essa espécie de interrogatório!...
EDUARDO – Interrogatório? Ainda não lhe fiz uma só pergunta, e nem preciso fazer. Tenho unicamente um obséquio a pedir-lhe; e depois nos separaremos amigos ou simples conhecidos.
ALFREDO – Pode falar, Dr. Eduardo. Começo a compreendê-lo; e sinto ter a princípio interpretado mal as suas palavras.