e garboso guerreiro Inimá, que também de seu lado a adorava extremosamente, e somente morto renunciaria ao seu amor. E Oriçanga, os pajés, os veteranos da tribo, a nação inteira enfim poderiam ver impassíveis a quebra de tão solenes promessas, e consentiriam de bom grado que a ilustre e formosa noiva de Inimá passasse aos braços de um obscuro estrangeiro, foragido e sem nome? Em outros tempos Gonçalo sem deter-se um momento em nenhuma dessas considerações a teria arrebatado à força de armas e despeito de Oriçanga, de Inimá e dos Chavantes, e teria arrostado o furor da tribo inteira só para possuí-la. Mas os longos infortúnios e reveses por que passara tinham domado um pouco sua índole impaciente e fogosa, tornando-o mais prudente e cauteloso.

Guaraciaba por sua parte ouvia com indiferença desde a infância falar-se em sua futura união com Inimá, e nunca ao nome desse guerreiro sentira palpitar-lhe mais rápido o coração. Porém depois que conheceu o jovem estrangeiro, essa idéia tornou-se um peso para sua alma, e não concebia como poderia ser mulher de Inimá amando Itajiba. Mas seu coração, cheio da confiança que a inocência inspira, repousava no porvir e esperava que o céu aplainaria todas as dificuldades, e portanto abandonava-se sem reserva à paixão que a dominava.

Inimá, retraído na profundez das selvas com alguns