mais autorizado dos pajés. Defendeu com calor a causa de Guaraciaba, a quem votava paternal afeição, e de Itajiba, cujo valor e nobres qualidades admirava, a quem o prendia uma natural simpatia, e a quem reputava enviado por Tupá para elevar a nação dos Chavantes ao mais alto grau de esplendor e poderio.

— Não vejo motivo, dizia ele, para se votar tanto ódio a esse estrangeiro, e fazer-se-lhe um crime pelo fato tão natural de ser ele amado pela gentil e nobre filha de nosso chefe. Esse estrangeiro, que sem fundamento algum supondes um inimigo astuto e pérfido, pode ser bem ao contrário um herói, que Tupá nos envia para regenerar a nação dos Chavantes, a qual, com bastante mágoa o digo, vejo bem decaída de seus antigos brios, depois que a idade começou a vergar os ombros e a enfraquecer o ânimo de nosso bravo e glorioso chefe.

Que atos tem ele praticado que denunciem essas intenções pérfidas e hostis contra nós? resistiu desesperadamente aos nossos, quando aqui aportou, porque foi súbita e violentamente atacado. Amou Guaraciaba, porque esta apresentou-se como um manitó celeste à cabeceira do leito onde ele jazia moribundo e crivado de golpes, para abrir-lhe as portas da vida e da esperança; transviou-se com ele nas florestas, porque uma tempestade os surpreendeu. Eis seus crimes; entretanto em todas essas ocasiões ele tem