Sobressaltado com tão extraordinária pergunta, Itajiba responde:

— Estás louco, guerreiro! a que propósito vem a tua pergunta? quem melhor do que eu conhece a meiga e fiel Guaraciaba?

— Ah! Itajiba, não a conheces, não.

— Insolente! diz Itajiba impaciente; não fora hoje um dia de regozijo para todos e de venturas para mim, eu fizera punir teu indiscreto arrojo.

— Itajiba, volve-lhe o guerreiro sem abalar-se e abaixando ainda mais a voz, olha que Inamá é vivo e acha-se entre nós; se queres saber mais, acompanha-me por alguns momentos.

Itajiba, atônito e sem compreender bem o sentido das estranhas e intempestivas palavras do guerreiro, reflete e hesita um momento; olha para o ângulo da sala em que se achava Guaraciaba, e não a vê mais ali; estremece; um pensamento sinistro lhe atravessa de súbito o espírito, e no mesmo instante se esvaece como um relâmpago; seria um crime conceber suspeitas por mais leves que fossem, em qualquer tempo, quanto mais naquela noite, contra a mais pura e a mais adorável das virgens da floresta. Mas as palavras do guerreiro eram ambíguas, a curiosidade tão natural em tais circunstâncias agita o espírito de Itajiba, que entendeu que nada perderia em decifrar aquele mistério. Portanto