Oh! bravo!... é a Maroca que sai a campo! é a rainha da festa. Olha, compadre, como está linda aquela feiticeirinha! Bravo disso! bravo, Maroca!

E a Maroca, depois de ter feito os mais galantes e graciosos requebros sapateando pela sala, girou como um corrupio sobre os talões, abaixou-se rapidamente rente ao chão, deixando ver somente entre os tufos de suas alvas saias enfunadas os braços e o rostinho cor de jambo, como uma rolinha deitada em ninho de algodão batido.

— Bravo! bravíssimo! bradou Gonçalo levantando-se de um salto, que retiniu com estrondo por toda a sala.

Depois continuou baixo voltando-se para mestre Mateus:

— Agora sim, compadre, sou da festa; a Maroca está aí, vai tudo bem. E o Reinaldo, onde está ele? não veio?...

— Não enxergas!... Olha, lá está ele naquele canto, e por sinal que está hoje triste e de viseira fechada, não sei por quê.

— Bem! lá o vejo, disse Gonçalo, em cujos olhos reluzia um prazer satânico, e continuou resmungando entre si: — Bem! muito bem! aqui sim! tenho uma linda menina a quem posso fazer a corte, e ao lado dela um valentão de primeira ordem a quem farei abaixar o topete. Ah! Reinaldinho, meu amigo, eis aqui uma bela ocasião