de tantos cadáveres, que ele mesmo amontoava em torno de si.

Nada mais terrível do que a onça, quando, sendo mal atirada, se precipita abaixo do tronco em que é acuada pelos cães; assenta-se sobre os quadris rosnando e apresentando as agudas e monstruosas presas, e a cada bote que dá com as formidáveis patas atabafa e esmaga um cão, e em poucos instantes se vê rodeada de um lastro de cadáveres. Pois assim estava aquele sanhudo aventureiro ceifando e derribando a granel os imprudentes selvagens que ousavam avizinhar-se-lhe. Estes, já transidos de terror supersticioso, pensando que não combatiam contra um homem, mas contra algum espírito ou ente sobrenatural, sentiam falecer-lhes a coragem e começaram a recuar espavoridos diante de tão descomunal denodo e valentia.

Um deles porém, que parecia comandar aos outros, com um grito fez recuar todos aqueles combatentes estouvados e imprudentes, e seguido somente de um companheiro avançou resolutamente para o tronco.

O estrangeiro já tinha descarregado todas as suas armas de fogo e despedido todas as suas flechas. Este último combate portanto foi dado corpo a corpo sobre cadáveres e em um lamaçal de sangue. Ainda que extremamente fatigado e todo crivado de golpes, o forasteiro ainda deu que fazer a seus adversários. Um