a sua vida na guerra, quer ensinando-lhes diversos ofícios e artes, que aprendera durante o seu cativeiro entre os brancos, quer enriquecendo-os com instrumentos, armas e mil outros despojos de imenso valor, que saqueava das fazendas que destruía. Mas enfim seus próprios feitos e serviços suscitaram-lhe uma multidão de inimigos, excitando a inveja e descontentamento de muitos, que tinham ciúme do brilho e lustre que seu nome ia adquirindo entre eles. Seus rivais não ousavam guerreá-lo abertamente, mas urdiam-lhe ciladas de todo o gênero, e moviam-lhe uma perseguição traiçoeira, à qual teria inevitavelmente sucumbido, se não tivesse fugido ocultamente a favor da noite em uma canoa confiando sua vida à mercê da corrente do rio sagrado, que o tinha conduzido até ali, afrontando novos trabalhos e perigos em busca de um asilo em qualquer canto do mundo. Chegando àquelas paragens eles Chavantes tomando-o por um inimigo, ou imboaba, o tinham atacado tão bruscamente e com tal sanha, que o colocaram na necessidade de defender-se com encarniçamento até o último trance.

Enfim nenhuma inimizade ou indisposição tinha com os Chavantes, de cujo poderio tinha muitas vezes ouvido falar, e cuja bravura ecoava até as mais remotas regiões. Esperava que dali em diante não o considerassem mais como um inimigo, nem como um